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Ainda
hoje a Igreja Católica Apostólica Romana mantém o costume de ornar as igrejas
com imagens de Cristo, da Virgem Maria e dos santos, como nos revela o Cânone
1188 do código do Direito Canônico:
“Mantenha-se a praxe de propor imagens sagradas nas igrejas, para a
veneração dos fiéis; entretanto, sejam expostas em número moderado e na
devida ordem, a fim de que não se desperte a admiração no povo cristão, nem
se dê motivo a uma admiração menos correta.”
A Igreja Católica considera um abuso guardar veladas algumas imagens, pois
essa atitude é temerária e contrária à sua utilidade, que é a de fomentar a
piedade dos fiéis. Nos últimos anos do século XX, após o Concílio Ecumênico
Vaticano II, cresceu muito o interesse da Igreja Católica, no Ocidente, pelos
ícones, que desde o início a Igreja Oriental tinha como “imagem do Invisível,
como imagem Condutriz, uma arte da liturgia, expressão viva da fé de uma
comunidade e não de um artista.” [16] Aos poucos, a novidade foi
reevangelizando o Ocidente.
Segundo Emile Mâle, citado por André Richard, a “Igreja romana utiliza a arte
para opor suas próprias teses (culto mariano, primazia da Igreja romana,
valor da penitência e das boas obras) às reivindicações dos adeptos da
Reforma.” [17]
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Os
Reformados (Calvinistas) defendem a opinião, tradicional entre os
protestantes, de que as imagens são contrárias à Escritura e acarretam o
perigo da idolatria. Já os Luteranos afirmam que, quando Cristo mandou os
apóstolos pregar o Evangelho em todas as línguas, incluía também a linguagem
figurada do artista (pintor ou escultor). Acrescentavam ainda que quem
reconhece na música o veículo apto da fé e do amor dos cristãos, não podem
deixar de reconhecer nas representações óticas um instrumento apto para
exprimir as verdades reveladas.
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Fonte: http://www.artesacra.art.br/
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